Marcio Tadeu Girotti
Publicado: 17/01/2020 - 11:28
Última modificação: 17/01/2020 - 11:28
Título "A genealogia da ilusão nas obras kantianas em 1766 e 1787"
Supervisionado por Prof. Marcos César Seneda
Objetivos e metas a serem alcançados;
1. Identificar o emprego e uso do termo ilusão nas obras Sonhos de um visionário explicados por sonhos da metafísica (1766) e Crítica da razão pura (1787);
2. Verificar a etimologia de cada palavra que se emprega com significado de ilusão, são elas: Täuschung, Betrug, Blendewerk, Whann e Schein.
3. Compreender o emprego do termo Schein na obra crítica de Kant contrapondo-se aos termos Täuschung, Betrug, Blendewerk, Whann, empregados no período pré-crítico, a fim de estabelecer o ponto de mudança de acepção desse emprego.
Ao final da investigação deverá ser atingido o seguinte resultado: 1) A tradução brasileira é a única que assume a tradução de Schein por ilusão e não por aparência, como uma tentativa de compreender que Schein é uma aparência no sentido de aparição, primeira aparência, primeira visão, algo que ainda não é claro, está confuso. 2) Schein é uma pré-ilusão, no sentido de que ainda não há algo com que se iludir, aproximando assim a tradução brasileira das outras traduções que trazem Schein como aparência, algo que ainda não é de total consciência. 3) Kant não poderia ter utilizado Schein no escrito Sonhos de um visionário, uma vez que na Crítica ele está expressando a possibilidade de ocorrer uma ilusão quando se confunde princípios subjetivos com objetivos, e lá, Kant mostra o engano no sentido na criação imaginativa ou erro de visão, um engano externo ou interno, ainda não uma ilusão propriamente dita.