Humberto Aparecido de Oliveira Guido

por Sertório de Amorim e Silva Neto
Publicado: 23/05/2018 - 15:47
Última modificação: 27/11/2019 - 11:58
Tipo do Docente: 
Permanente
Disponibilidade para Orientação: 
Sim

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O ofício docente é a minha atividade, em filosofia tudo começa nas salas de aula da graduação (filosofia) e da pós-graduação (educação, filosofia), depois de três décadas dedicadas à prática do filosofar muitas vivências foram acumuladas, boa parte delas produziram bons encontros com: Giambattista Vico - o meu mito da origem; Baruch Spinoza - o que pode um corpo?; Friedrich Nietzsche - o poder edificante do martelo; Félix Guattari e Gilles Deleuze - o meu mito de chegada, ou o término da mais longa espera. Esses pensadores me deram a oportunidade de recriar a imagem do pensamento, fui levado à criação de um pensamento, cuja expressão ainda não está terminada, apesar de me encontrar no limiar da vida ativa. A imagem do pensamento em construção está conectada com às artes - literatura-pintura-música - elas liberam os blocos de perceptos para a produção dessa imagem em devir que nunca atinge a plenitude, porque quando aflora na superfície do plano de imanência corre o risco de ser capturada pelo plano de organização (um pensamento é necessário, como resistência e engajamento; como luta e combate). Essa busca desejante me põe em conexão com outras máquinas de escrita, chego a conceber o meu projeto como um diagrama mental destinado a perfurar a epistemologia clássica para liberar uma espécie de ontologia singular, cuja intensidade me fará ultrapassar o niilismo para escapar em definitivo do humanismo, sem precisar me servir da sua arma hermenêutica-estratificadora. Bem diferente pode ser essa ontologia especial em devir, sem sujeito nem objeto, um pensar que desvia o pensamento da tradição e que prepara novos encontros, um encontro com o inumano, mais que uma palavra, eis aí uma imagem do pensamento a ser realizada-diferenciada. Assim tenho prosseguido com as minhas leituras e as tenho projetado na escrita que devém imagem do pensamento, que devém - escrevo com Deleuze - uma nova Terra, que devém um povo por vir. Sou capaz de orientar as novas gerações nessa experimentação entre as filosofias e as artes, aqui eu encontro a liberdade para filosofar, Professor Titular do Instituto de Filosofia da Universidade Federal de Uberlândia/MG (desde 01/02/1997). Graduado em Filosofia pela Pontifícia Universidade Católica de Campinas/SP (1988). Doutor em Educação pela Universidade Estadual de Campinas/SP (1999, bolsista CAPES/PICDT). Estágio de Pós-Doutorado em Filosofia na Universidade de São Paulo (2007-2008, bolsista sênior CNPq).