A Erótica do Feminino, do Sagrado ao Profano: as Ficções de uma Normatização do Outro

por Raquel Bustamante
Publicado: 27/07/2018 - 16:59
Última modificação: 27/11/2019 - 11:44

A partir do pressuposto que "erotismo é uma das bases do conhecimento de nós próprios", essa pesquisa busca analisar as questões eróticas que envolvem o feminino a partir de determinados discursos filosóficos, problematizando o quanto os discursos fálicos só parecem efetivamente desconstruídos dentro de um contexto político que traga consigo um dizer diferenciado do que seja, gênero, sexo, sexualidade e as performatividades que envolvem tais discursos. A pesquisa também visa apontar para essa erótica feminina como objeto de análise cuja perspectiva ainda se dá na dicotomia entre que se prescreve como sagrado e profano, o que faz com que a sexualidade da mulher, prazer e desejo, e de todo aquele que se mantém na estética feminina seja normatizada a partir de ordenamentos morais com prescrições legais e científicas, sejam eles os da esfera jurídica propriamente dita, da medicina ou de uma norma "legal/médica" ficcionada por um dado conjunto social. Problematiza-se a erótica, o sexo, as relações de prazer diante do ato sexual do feminino e as consequentes reações a esta erótica no contexto fálico político e filosófico, bem como as possibilidades de desconstrução e ruptura de um discurso arraigado.

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